Alguns activistas fazem de activistas, outros de agentes de autoridade. Uns deitam-se no chão, outros tentam levantá-los. Uns resistem, os outros tentam prendê-los.
Mas nada disto é a sério. Os verdadeiros polícias estão atrás no teatro nacional D. Maria II, bem apetrechados, armados e tranquilos, ao lado de sete carrinhas do corpo de intervenção e de outras três viaturas.
A alguns metros, na Praça do Rossio, dezenas de jovens - e outros tantos jornalistas e curiosos - dedicaram-se a um jogo de faz-de-conta. A cimeira da NATO ainda não começou e as acções de protesto mais violentas, que se teme também possam chegar a Lisboa, também não.
Enquanto os líderes da Aliança Atlântica limam os dossiers, que vão ser discutidos no Parque das Nações durante dois dias, os preparativos para contestá-los ainda estão no aquecimento.
Carlos Barranco, da associação espanhola MOC - um pacifista veterano e um dos participantes desta «acção de treino para acções de desobediência civil» - disse ao tvi24.pt que, apesar das técnicas ensinadas, o objectivo é que os protestos decorram sem obrigar as autoridades a usar a força.
Veio de Valência unicamente para demonstrar o seu desagrado pela forma como a NATO se comporta e a favor da paz, garante. Na cimeira de Estrasburgo, recorda, foi apanhado no meio dos distúrbios e das cargas policiais. Admite que há grupos interessados em criar problemas e gerar violência, mas, até agora, ainda não viu em Lisboa qualquer elemento da linha mais dura destes movimentos.
«Não vimos nenhuma convocatória relacionada com o Black Bloc, nem na Internet nem em nenhum sítio», explicou ao «tvi24.pt». Mas sem pôr as mãos no fogo que algo não aconteça e agite a tranquilidade da cidade e da polícia e dos agentes a sério, como os que estavam de prevenção esta tarde, atrás do Teatro D. Maria.
fonte TVI24(video)
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