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PSP ficha radicais no centro de Lisboa

Martim Moniz, Mouraria e zonas urbanas sensíveis na mira da Polícia. Informação servirá de base para plano de policiamento da Cimeira da NATO.

Elementos da investigação criminal da PSP estão a recolher informações sobre movimentos contestatários ou de índole terrorista, que depois serão usadas na preparação do esquema de policiamento da cimeira da NATO que decorre entre 19 e 21 de Novembro, em Lisboa.

A aposta na complementaridade entre a estrutura da Divisão de Investigação Criminal (DIC) da PSP de Lisboa e o comando da Unidade Especial de Polícia (UEP) passa pela colocação de agentes da primeira subunidade nas áreas que melhor conhecem, nas respectivas zonas de intervenção operacional.

O CM sabe que este trabalho – para lá da detecção de focos de criminalidade simples ou violenta e respectiva repressão – pretende detectar eventuais infiltrações de movimentos terroristas ou extremistas em bairros sociais ou desfavorecidos.

Exemplo disso, sabe o nosso jornal, é a zona do Martim Moniz e Mouraria, área do centro de Lisboa onde é grande a presença de comunidades imigrantes árabes, indianas e originárias de vários países do Extremo Oriente.

Há semanas que agentes à civil andam no terreno a confirmar algo que há muito tentam sistematizar: a disseminação de ideias extremistas, de índole islâmica ou de outro tipo, com a identificação dos seus principais protagonistas e respectivas fichas criminais. Também na Baixa da capital é grande a atenção para a presença de ‘brigadas’ de operacionais de movimentos radicais que, em especial na internet, já prometeram marcar forte presença em Lisboa durante os três dias da cimeira da NATO.

O Gabinete Coordenador de Segurança centraliza todos estes procedimentos e lima já as últimas arestas sobre o esquema de policiamento no Parque das Nações – local do encontro dos líderes de países membros da NATO–, bem como nas restantes zonas da capital portuguesa onde as delegações irão ficar hospedadas.


MOVIMENTOS ANTI-NATO APELAM À DESOBEDIÊNCIA

O PAGAN, movimento europeu de contestação à Aliança Atlântica, já reconheceu estar em Portugal. Apesar de assegurar que irá optar pela não violência, a PSP já tem referenciados os líderes do agrupamento, que serão detidos em caso de orquestrarem acções de rua contra as delegações internacionais. O movimento integra membros de 11 Estados, representa uma rede com mais de 650 organizações e apela aos protestos contra a NATO, em Lisboa, de 19 a 21 de Novembro.

Entre outras iniciativas, o grupo vai promover uma "contra-cimeira, uma manifestação internacional não violenta" (a 20 de Novembro) e actos de desobediência civil. O objectivo é, de acordo com um comunicado da organização, fazer oposição, de forma não violenta, à realização dos trabalhos da cimeira.

GOE E CORPO DE INTERVENÇÃO NA LINHA DA FRENTE

Todas as informações recolhidas estão a ser transmitidas ao comando da Unidade Especial de Polícia e, de resto, já serviram para várias acções de formação que têm sido desenvolvidas ao longo das últimas semanas.

Tal como o CM noticiou, em primeira-mão, agentes do Corpo de Intervenção e Grupo de Ope-rações Especiais (GOE), subunidades da UEP, estão a receber cursos teóricos sobre estes movimentos, ministrados por elementos do Departamento de Operações da Direcção Nacional da PSP e pelo Serviço de Informações de Segurança (SIS).

fonte CM




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