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Esta organização não tem sido geradora de consensos e mereceu sérias críticas dos países europeus com modelos civilistas de segurança pública. Apelidada de exército secreto da Europa, reside na sua ausência de utilidade o cerne da discórdia.
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Embora diga visar uma intervenção rápida e robusta em cenários de crise ou de perigosidade acrescida, a verdade é que existem polícias europeias de natureza civil, geradoras de maiores consensos e que têm dado respostas eficazes em operações semelhantes.
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A participação da GNR como instrumento de polícia ao serviço da NATO, considerando--se a intervenção das forças de segurança à luz do quadro constitucional português, levanta sérias dúvidas acerca da sua legalidade. Acresce que o orçamento da GNR destinado à cooperação internacional é superior ao da sua própria gestão interna.
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A título de exemplo: em 2010 mais de 2 M € são gastos só para a operação Althea, na Bósnia-Herzegovina. Numa altura de rigorosa contenção, é surpreendente que se canalizem verbas da GNR para uma estrutura cujo proveito para a segurança dos portugueses é nulo.
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Por:José Manageiro, Presidente da Associação dos Profissionais da Guarda
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CM
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