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Crime aumenta nos centros urbanos no Verão

Assaltos a casas e crimes passionais têm tendência a aumentar. OSCOT preocupado com a criminalidade importada.
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O Verão potencia comportamentos agressivos e a criminalidade, principalmente nos meios urbanos. Há menos polícias nas cidades porque são canalizados para as zonas balneares onde se juntam mais pessoas. Por outro lado, entram no País muitos estrangeiros, alguns organizados em verdadeiras "mafias" que se dedicam a assaltar habitações e carrinhas de transporte de valores.
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A criminalidade importada é uma preocupação realçada pelo Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT). Numa altura em que chegam muitos turistas e emigrantes, muita gente entra também em Portugal, com vistos turísticos, mas cujo objectivo é realizar assaltos para depois, rapidamente, saírem do País, admite o presidente do OSCOT, José Manuel Anes, ao DN.
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"O que acontece no Verão é que as residências secundárias [de férias] estão ocupadas, mas as primeiras habitações não", lembra. Ao Observatório chegam cada vez mais denúncias de autênticas mafias organizadas e especializadas neste tipo de roubo. Indivíduos vindos essencialmente da Roménia e que se dedicam ao assalto de habitações em busca, sobretudo, de objectos em ouro. "Estes cidadãos chegam mesmo a fundir esse material cá em Portugal e a enviá- -lo para o seu país de origem", diz o presidente do OSCOT.
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"Há um conjunto de assaltos, a carrinhas de transporte de valores e a caixas multibanco, que vão continuar a existir este ano", prevê José Manuel Anes. Isto porque, "no Verão, há mais dinheiro a circular". No caso dos assaltos a carrinhas de valores, as autoridades policiais têm-se defrontado com grupos cada vez mais especializados. Gangues de outros países que chegam a Portugal com planos previamente montados e estudados aos pormenor. "Muitos desses elementos têm inclusive armamento e treino militar", diz o responsável pelo OSCOT, que considera que esta realidade vai continuar a aumentar em Portugal. Crimes violentos que tendem a agravar-se, embora, refere aquele responsável, "em nada parecido com o que aconteceu há dois anos".
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O sistema de controlo nesta altura do ano apresenta lacunas, ainda mais por não existirem fronteiras físicas que permitiriam uma melhor fiscalização de quem entra e sai do País. Ao mesmo tempo, os efectivos policiais sofrem uma redução de 20% a 30% (ver entrevista). Muitos estão de férias e parte é canalizada para as zonas balneares de maior procura, nomeadamente elementos do Corpo de Intervenção da PSP.
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Os crimes mais usuais desta altura do ano acabam por ser o roubo na via pública ou em transportes colectivos (carteiristas) e o roubo e assaltos a viaturas e residências. "O assalto a habitações é uma constante ao longo do ano. O homicídio passional é outro tipo de crime que aumenta no Verão." O calor, a ingestão de bebidas alcoólicas "e comportamentos não tolerados pelos companheiros/companheiras" podem desencadear a agressão, refere.
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O crime sazonal começa agora a ser estudado em Portugal. Universidades e forças policiais começam a trabalhar em conjunto no sentido da prevenção. Ao contrário das restantes épocas do ano, nos meses mais quentes é costume aumentar o número de crimes violentos.
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Em 2008, o País assistiu a uma onda anormal de assaltos violentos durante os meses de Verão. No ano passado, graças à intervenção das autoridades policiais, a criminalidade estabilizou. Muitos destes gangues de assaltantes foram detidos pela polícia. Também os estabelecimentos comerciais "investiram fortemente na segurança, com sistemas de alarme e videovigilância", o que dissuadiu e impediu muitos assaltos.
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por ALFREDO TEIXEIRA , DN

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