Paulo Rodrigues, Presidente da Associação dos Profissionais de Polícia sobre os protestos dos polícias em Lisboa.
Correio da Manhã – Os protestos chegaram à Unidade Especial de Polícia. A situação na PSP está a ficar insustentável?
Paulo Rodrigues – Chegámos a um ponto que temos de mostrar que estamos indignados e revoltados. Já não dá para calar mais. Estamos a combater os mesmos problemas de há 30 anos.
– Os agentes dizem que têm dificuldades em pagar as contas. Recebem pedidos de ajuda no sindicato?
– Só este ano já recebemos centenas de pedidos de ajuda que não conseguimos resolver. Os agentes mais novos têm de recorrer aos pais ou a nós. Os gratificados não são pagos, agora atacaram os subsídios. Amanhã não sabemos o que pode acontecer.
– Que vão fazer quanto à situação do Corpo de Intervenção?
– É preocupante. Numa desordem pública, o último recurso é sempre as subunidades da UEP. Se eles andam desmotivados, então estamos no limite.
– Qual o próximo passo?
– Analisar o despacho feito pelo director nacional. Depois tomaremos medidas.
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