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Elementos do Corpo de Intervenção continuam a fazer «levantamento de rancho» e hoje inovam no protesto

Os elementos do Corpo de Intervenção da PSP em Lisboa concentram-se, esta segunda-feira à tarde, junto às instalações, na Ajuda, «vestidos de preto» para protestar contra o corte do subsídio de serviço nas férias e baixas médicas, segundo os sindicatos, escreve a Lusa.

Cerca de 60 elementos, vestidos com camisolas pretas, aderiram ao protesto. Os elementos do Corpo de Intervenção (CI) começaram a concentrar-se às 17:00, quando o grupo saiu do serviço.

Recorde-se que os protestos começaram na semana passada com «levantamentos de rancho». Esta recusa em comer o almoço e o jantar vai continuar durante a semana, disse à Lusa o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), Paulo Rodrigues.

Em causa está a não atribuição do suplemento especial de serviço no período de férias, baixas médicas e outras faltas ao serviço, passando o subsídio a ser pago apenas pelos dias de trabalho efectivo.

Todos os elementos da Unidade Especial de Polícia (UEP), onde está integrado o CI, recebem mensalmente cerca de 300 euros, sendo também atribuído um suplemento, com valor inferior, aos elementos da investigação criminal.

«O levantamento de rancho» ao almoço e ao jantar pelos elementos do CI em Lisboa começou na passada quarta-feira, após terem tido conhecimento do despacho da Direcção Nacional da PSP sobre os cortes no subsídio de serviço.

Segundo o Paulo Rodrigues, o despacho do director nacional da Polícia de Segurança Pública surgiu após um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O sindicalista adiantou que a ASPP vai pedir ao Ministério da Administração Interna que lhe seja facultado o parecer da PGR.

Também o presidente do Sindicato Nacional de Polícia (SINAPOL) se juntou hoje, durante a hora de almoço, aos protestos.

Para o presidente do SINAPOL, este cortes no subsídio é «algo que nunca aconteceu desde 1976, sendo desta forma a indubitavelmente roubados direitos adquiridos pelos profissionais que prestam serviço na Unidade Especial de Polícia».

Os cortes no subsídio atingem todos os elementos da UEP e da investigação criminal, mas até agora só os elementos do CI estão a manifestar-se, que estão a organizar os protestos sem o apoio de qualquer sindicato.

 
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fonte TVI24

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