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“Salvei dois polícias da morte”

28 Fevereiro 2010
Madeira: Ilha esconde autênticas histórias de coragem com final feliz
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"Se forem os dois, vamos os três", pensou Luís Miguel de Sousa, que no sábado, 20, dia em que as águas vindas da montanha varreram o Funchal, arriscou a própria vida para salvar dois polícias da morte certa. "Eu vou ser pai daqui a sete meses e só pensei que eles pudessem ter filhos para criar e atirei-me. Vi que iam morrer e não hesitei", conta emocionado ao CM.
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O tatuador tinha saído da loja de tatuagens, na rua da Sé, quando ouviu gritos na rua. Foi até casa e voltou à rua quando, no jardim em frente ao Comando Regional da PSP, no centro do Funchal, se deparou com três agentes da PSP em perigo, depois de terem também eles arriscado as vidas para salvarem algumas pessoas da enxurrada. Mas, agora, ninguém se estava a aventurar por eles nas mortais águas castanhas que corriam a grande velocidade em direcção ao mar.
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Alguns agentes ainda tentaram passar uma corda para os colegas, mas acabou por partir com a força da água. "Um amigo trouxe um jipe e lançámos o guindaste até eles, para passarem através do cabo". O primeiro passou mas o segundo não conseguiu, "porque a força da água aumentou de repente". Foi então que Luís Miguel de Sousa se lançou à água sem sequer pensar nas consequências."Quando os vi em apuros corri até eles e saltei lá para dentro. O que ia eu fazer? Deixá-los ir?", questiona, sem duvidar da reacção que teve naquele momento e que voltaria a repetir. "Um deles saiu da água só em t-shirt e cuecas, tal era a força da água", recorda Luís Miguel.
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O homem, que diz não se sentir "herói nenhum porque só fiz o que devia", nunca mais viu os dois agentes da PSP depois daquele acto heróico. "Mas, na altura, depois de os ter tirado da água, foi uma sensação espectacular. O chefe veio agradecer-me", relembra..
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fonte CM

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