A cerimónia, que contou com a presença de várias individualidades, nomeadamente Atul Khare, representante especial do Secretário-geral da ONU, foi presidida pelo vice-primeiro-ministro, Mário Carrascalão.
Em nome do governo de Timor-Leste, Mário Carrascalão disse que "a melhor indicação de que a condecoração é merecida é revelada pela prática e não apenas pelas estatísticas que dizem que Timor é dos países mais seguros do Mundo e com menos crimes".
"O que conta é poder andar em Díli de dia ou de noite, ir para o interior e voltar à hora que se queira sem nada de mal acontecer. Hoje qualquer cidadão poder circular livremente no país, o que marca o merecimento destas condecorações", afirmou o vice primeiro-ministro.
Mário Carrascalão lembrou que "o povo passou um mau bocado em 2006", mas salientou que "está hoje numa fase de estabilização e encontrou o elemento principal para olhar para o futuro que é a sua segurança e a estabilidade social".
"Tal deve-se às entidades e aos países amigos que contribuíram para se chegar aqui, através das suas forças de segurança e militares, treinando as nossas forças e assessorando a nossa governação. Isto não é mais do que a indicação, ao contrário do que alguns dizem, de que Timor-leste não é, nem será um estado falhado", afirmou Carrascalão.
"Reunimos todas as condições para aproveitar os recursos naturais de que somos um país dos mais ricos do mundo e estão a ser criadas as condições para o desenvolvimento, que necessita de uma atmosfera de segurança", disse.
O vice-primeiro-ministro disse esperar que, dentro de um ano, o policiamento de todo o território já possa ser assegurado pela Polícia Nacional de Timor-Leste(em três distritos já foi transferida a competência da UNPOL para a PNTL) e realçou que foi devido à "cooperação dos países amigos" que a situação evoluiu favoravelmente, desvalorizando críticas feitas à presença de forças estrangeiras.
O representante especial do secretário-geral da ONU destacou o papel que Portugal tem assumido nas sucessivas missões das Nações Unidas em Timor-Leste e lembrou que o empenho português "foi decisivo para transformar Timor num país livre, independente e democrático".
Atul Khare enalteceu a competência dos polícias portugueses e o seu contributo para a paz e segurança do país, bem como para a formação e consolidação da Polícia Nacional de Timor-Leste, como força policial preparada para respeitar a Lei e os direitos humanos, que gradualmente tem vindo a assumir a responsabilidade pelo policiamento do território.
O comandante da unidade de polícia das Nações Unidas, o português Luís Carrilho, elogiou os profissionais que vão deixar o país pela forma como cumpriram a missão:
"Tem sido uma honra para mim poder contar com o contributo de todos os elementos do contingente da Polícia Portuguesa. Quero agradecer a cada um a forma, profissional e abnegada com que têm honrado e servido a polícia das Nações Unidas, Timor-Leste e Portugal", disse.
Guilherme Guedes da Silva, em representação do director geral da PSP, agradeceu a "hospitalidade e estima com que o povo timorense tem recebido os elementos da PSP" e destacou o contributo dado pelos contingentes portugueses em Timor para o prestígio que a PSP tem alcançado perante diversas organizações internacionais, no quadro da sua participação em missões do estrangeiro.
"Dos cerca de mil oficiais, chefes e agentes que cumpriram missões internacionais destaca-se o desempenho dos cargos de comandante da polícia da ONU em Timor-Leste, de chefe da missão policial da União Europeia no Congo, de 2º comandante da polícia daONU em Timor-Leste, bem como de comandantes distritais das missões da ONU no Kosovo, na Bósnia e em Timor-Leste", destacou.
"No quadro das Nações Unidas e da cooperação técnica bilateral estamos disponíveis para continuar a formação da Polícia Nacional de Timor-Leste, contribuindo assim para a consolidação da segurança, justiça e liberdade em Timor-Leste", concluiu.
fonte DN
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