O rumo que esta instituição centenária tomou não é, nem de longe nem de perto, aquele que idealizamos para a nossa Polícia de Segurança Pública.
A evolução tem sido o mote desta instituição nos últimos anos sendo reconhecida por todos os protagonistas sociais. No entanto, o preço deste fenómeno, para grande parte dos seus profissionais tem sido elevadíssimo, segundo variadas perspectivas.
A evolução tem sido o mote desta instituição nos últimos anos sendo reconhecida por todos os protagonistas sociais. No entanto, o preço deste fenómeno, para grande parte dos seus profissionais tem sido elevadíssimo, segundo variadas perspectivas.
Esta “revolução” fez disparar o absentismo e defraudou completamente as expectativas dos profissionais da PSP, em especial, daqueles que constituem a base da instituição e dos que desta provêm.
A instituição partiu-se em duas partes, os que efectivamente substanciam esta instituição servindo o cidadão com o sacrifício do dia-a-dia: os agentes, os chefes, e os oficiais de carreira base e, a outra parte, constituída por “pára-quedistas” que têm de tudo um pouco mas nada de Polícias, denominados “Oficiais Doutores”.
A “forja” está sempre a produzir gente que se serve da instituição mas que a serve muito mal.
Assumem-se como gestores sem nunca se identificarem como comandantes, qualquer problema que se lhes apresente em poucos minutos é multiplicado por 1000, e a resposta que em comum têm na ponta da língua “É a administração.”, Salvo poucas excepções, são completamente “zeros à esquerda” de uma instituição que um dia acreditou que ter oficiais licenciados era a chave para a sua evolução.
No entanto, para os que trabalham, para os humildes, para os que servem efectivamente a PSP dando, inclusivamente, a sua vida pela “rés pública”, resta a frustração de uma carreira completamente bloqueada. Este é o pagamento que a dita “administração” lhes oferece.
Só há um caminho possível, “dar a César o que é de César e a Brutos o que é de Brutos”. Os países mais desenvolvidos gerem com maior racionalidade as suas polícias mantendo um equilíbrio entre os Oficiais, vindos das Academias e Universidades, e aqueles que provêm das fileiras de quem serve as populações, se uns estão implicitamente mais preparados academicamente os outros conhecem a realidade no terreno e identificam-se com os seus homens entendendo perfeitamente os seus problemas profissionais e até pessoais.
Só há um caminho possível, voltarmos a ter uma carreira profissional em que os servidores desta instituição se sintam amplamente representados.
Precisamos de alguém que nos entenda. Neste momento, a instituição parece ser gerida por uma espécie de marcianos que ninguém compreende, temos esperança que o Ex. Sr. Director faça essa leitura e deixe de carregar estes macambúzios debaixo dos braços, protegendo-os como se fossem damas de porcelana chinesa…Chega.
Queremos voltar a ter comandantes, queremos voltar a confiar em quem nos comanda, queremos voltar a ter uma carreira base digna e aliciante, como todas as Polícias de países civilizados.
Termino por pedir desculpa a um punhado de oficiais da Escola Superior que não se englobam nestes fazedores de livros e teses que nem para papel higiénico servem…
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enviado por:
Calaico
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