Depois de quase duas horas e meia de conversa, a intervenção do vereador do PSD Miguel Almeida acabou por ser uma “tempestade” serena, com os ânimos a elevarem-se um pouco entre o vereador e o presidente João Ataíde. O ex-deputado “laranja” reconheceu que as questões de segurança devem ser tratadas em privado para não alimentar polémicas nem criar falsos alarmes, mas quando as coisas não se resolvem pelo diálogo «temos que falar alto, dar murros na mesa e exigir responsabilidades a quem de direito».
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Miguel Almeida quis deixar uma palavra de solidariedade para com a PSP da Figueira da Foz que, «perante as condições diminutas que têm, vão fazendo o melhor que podem». Por isso, continuou, «embora não se tenham registado grandes casos comparativamente com o resto do país, a cidade vive uma insegurança psicológica», defendendo mais meios porque «a segurança e a saúde são fundamentais para os destinos turísticos».
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Reconhece que o presidente da Câmara tratou em privado desta questão, mas, a exemplo de outros anos, «o Corpo de Intervenção passou esporadicamente por aqui» quando, num passado recente o «Corpo de Intervenção fazia o Verão todo».
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A «região Centro é a única que não tem um Corpo de Intervenção», quando a Figueira da Foz «tem todas as condições físicas para ter uma força de intervenção residente», defendeu.
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O presidente da Câmara considerou esta «uma questão sensível» que, ao ser abordada em público, «pode criar um falso alarme e prejudica a imagem da Figueira da Foz».«Despertar uma sensação subjectiva de insegurança é a pior forma de resolver esta questão», criticou o presidente.
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João Ataíde negou que a Figueira da Foz esteja confrontada com um clima de insegurança, embora admita que o «problema de aglomerado de massas» no Bairro Novo obriga a uma intervenção de prevenção e dissuasão de comportamentos violentos, por parte das forças policiais.
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Explicou, por outro lado, que teve o cuidado de, todos os fins-de-semana, «acautelar que fosse garantido a presença de uma equipa de intervenção da PSP». Esta resposta desencadeou uma “guerra” de palavras, com Miguel Almeida a prometer apresentar, na próxima reunião, uma proposta no sentido de reivindicar para a região Centro «um Corpo de Intervenção residente na Figueira da Foz».
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Por José Santos in "Diário de Coimbra" 25 Ago2010
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