O modelo de segurança interna proposto pelo PSD, que admite a criação de uma polícia única e a fusão dos dois ministérios –Justiça e Administração Interna – está a criar mal-estar na Polícia Judiciária e já levou a sua estrutura sindical a questionar a autonomia da investigação criminal.
No documento – que circula pelas forças policiais – pode ler-se que haverá um único director nacional para todos os ramos da investigação, direcção essa que depende de nomeação do Governo.
Haverá depois quatro departamentos distintos: Direcção Central Segurança e Ordem Pública (que concentraria a maioria dos elementos da PSP); Direcção Central Prevenção e Investigação Criminal (PJ); Direcção Central Emigração e Estrangeiros (SEF) e Direcção Central de Recursos e Apoios.
Já a GNR manteria a sua autonomia no sistema, de forma a respeitar o estatuto militar. Teria, no entanto, de se adaptar às novas funcionalidades da polícia nacional.
O documento onde as virtudes do sistema são realçadas chama a atenção para a necessária redução de custos que este novo organograma pode implicar.
O CM sabe que, embora esteja em cima da mesa, ainda não é líquido que a proposta do PSD seja concretizada. O que, a acontecer, exigirá também uma ampla maioria na Assembleia da República e o acordo do Partido Socialista.
fonte CM
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