Um polícia que acompanha as claques desde 2004 descreveu, em declarações à TSF, uma relação muito difícil. O pior momento, contou, foi na festa do título do Benfica em 2010.
Este elemento da PSP de Lisboa, que pediu para não ser identificado pelo nome, explicou que os adeptos mais complicados são sempre os mais fáceis de identificar, porque são normalmente os que criam problemas.
Este agente, que conhece os adeptos pelo nome, pelos hábitos, pelos actos e sobretudo pelo rosto, garantiu que se um deles estiver proibido de entrar num estádio mas mesmo assim tentar, não tem qualquer hipótese.
Os polícias conhecem os adeptos mais problemáticos, mas quem faz parte dos grupos organizados também sabe o rosto das forças de segurança de cor.
Trata-se de uma relação que, segundo este polícia, muda conforme o comportamento dos dois lados.
No jogo Benfica-Sporting de 26 de Novembro, houve duas entradas do corpo de intervenção nas bancadas. Nestes casos, explicou, como os adeptos não podem retaliar de forma física, respondem escondendo actos.
A lei de combate à violência desportiva obriga a que as claques estejam registadas junto do Conselho para a Ética e Segurança no Desporto, mas isso não acontece com todos os grupos organizados de adeptos, o que só dificulta a tarefa policial.
Este polícia deu conta de muitos momentos complicados ao longo destes anos, apontando como o pior os festejos do título do Benfica em 2010.
«Houve atropelos, violência gratuita, atudocho que vi quase », disse, acrescentando que roubaram os ténis do jogador Óscar Cardozo. Quando chegaram ao Marquês de Pombal a situação era «incontrolável», descreveu.
Este elemento da PSP acrescentou que não há espaço para medo na vida de um polícia, mas, frisou, o receio é fundamental para seguir em frente.
fonte TSF 19.DEZ.2011
Sem comentários:
Enviar um comentário