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Em 2007, a aprovação da nova lei orgânica da PSP deu luz verde à criação da Unidade Especial de Polícia (UEP).
A Unidade, que aglutinou cinco subunidades que, até aí, operavam autonomizadas, foi instalada na Quinta das Águas Livres, em Belas, no concelho de Sintra.
Raptos, sequestros, assaltos. Para a UEP são incidentes táctico-policiais que têm de ser resolvidos.
SEGURANÇA PESSOAL
Duzentos e noventa operacionais integram o Corpo de Segurança Pessoal. Dão segurança a políticos, individualidades e pessoas em perigo.
É na resolução de incidentes táctico-policiais que os cem homens do Grupo de Operações Especiais melhor se movimentam. Estão treinados no antiterrorismo.
O Centro de Inactivação de Explosivos e Segurança em Subsolo não trabalha só com explosivos. Os 90 elementos vistoriam o que for necessário, mesmo subterrâneos.
60 binómios homem-cão, integram o Grupo Operacional Cinotécnico. Busca de droga, armas, explosivos, salvamento e ordem pública são as missões.
NEGOCIADORES
Com a criação da Unidade Especial de Polícia, a equipa de negociadores foi integrada no Grupo de Operações Especiais. Resolvem impasses pela negociação.
São 500 os operacionais do Corpo de Intervenção. A ‘Polícia de Choque’ é chamada para resolver tumultos, e complementa as patrulhas.
A operacionalidade da Unidade Especial de Polícia (UEP) é vincada, não só pelo próprio comando da Unidade, mas também pela Direcção Nacional da PSP. No entanto, o comandante da UEP, Intendente Magina da Silva, disse ao CM que falta ainda um aspecto importante para tornar mais eficaz a actuação da UEP. Levar os 500 agentes do Corpo de Intervenção (CI) para a Quinta das Águas Livres, em Belas.
Os 500 operacionais desta subunidade mantêm-se sediados no quartel da Calçada da Ajuda, em Lisboa. Mas espera-se para este ano o início das obras de ampliação das instalações da UEP em Belas, de modo a permitir a mudança do Corpo de Intervenção. "Espero que as obras acabem em Outubro de 2010", concluiu Magina da Silva.
A prontidão para uma intervenção é todos os dias treinada na Quinta das Águas Livres, em Belas. As cinco subunidades da Unidade Especial de Polícia (UEP) têm de estar aptas a responder a qualquer solicitação, em qualquer ponto do País.
"Para o efeito, contamos com vários destacamentos espalhados pelo País. O Corpo de Intervenção está no Porto e em Faro. Há equipas de segurança pessoal nestas cidades e nas regiões autónomas", explicou ao CM o comandante da UEP, intendente Magina da Silva. No entanto, são frequentes as viagens de operacionais da UEP para outros pontos do País, a partir de Belas – onde estão sediados, por exemplo, os snipers do GOE. Para o efeito, a unidade conta com o apoio de helicópteros pesados da Empresa de Meios Aéreos do Estado. "Quando há necessidade de intervenções noutros pontos do País, é um óptimo meio de deslocação", concluiu Magina da Silva.
Magina da Silva – As cinco subunidades da Unidade Especial de Polícia operam hoje em total sintonia. Na génese da UEP estiveram o Corpo de Segurança Pessoal, o Corpo de Intervenção e o Grupo de Operações Especiais, e a lei orgânica da PSP permitiu a autonomização do Grupo Operacional Cinotécnico e do Centro de Inactivação de Explosivos e Segurança em Subsolo.
CM– Como se vincou a vertente operacional da UEP?
MS– Através de muito treino. Treino constante. Estamos hoje aptos a actuar no continente e regiões autónomas, com equipamento adequado. Só nos falta que o Corpo de Intervenção venha para Belas.