Dos cinco milhões em equipamento que o ministro das Finanças permitiu que fosse gastos, de forma extraordinária, com a PSP, com o pretexto da operação de segurança da Cimeira da NATO, apenas dois milhões foram despendidos. Os restantes três milhões voltam para os cofres de Teixeira dos Santos. Isto porque a maioria dos concursos lançados pelo Governo Civil de Lisboa ficou deserta. Os prazos apertados para apresentar as propostas e os preços-base, alegadamente impossíveis de cumprir, são as razões invocadas por empresários do sector.
O problema é que o restante material até era considerado bastante mais prioritário pelos comandos da PSP. A utilidade dos blindados também é defendida pela hierarquia, mas estes vão ficar ao serviço exclusivo da Unidade Especial de Polícia. Em contrapartida, o outro equipamento - viaturas celulares, carros de transporte de pessoal, viaturas antimotim, veículos de remoção de obstáculos, material de protecção pessoal e de ordem pública - era desejado pelos comandantes de todo o País.
"É lamentável que a principal vítima da incompetência do Governo, incapaz de organizar um procedimento exequível, seja a PSP, cuja necessidade deste equipamento é extrema", disse o deputado centrista Nuno Magalhães quando o ministro da Administração Interna foi ao Parlamento.
O material cujo fornecimento foi adjudicado foi, além dos blindados, no valor de 1,4 milhões de euros; equipamento de segurança electrónica, no valor de 145 mil euros; equipamento de protecção NRBQ (nuclear, radiológico, biológico e químico), que custou 127 mil euros; parte do material de ordem pública e protecção pessoal, no valor de 124 mil euros; e o aluguer do helicóptero utilizado pela PSP durante a cimeira, que custou 30 mil euros.
.DN
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